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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

As possíveis dificuldades dos professores no EAD

O professor agora precisa integrar a pedagogia e a técnica para mediatizar os cursos: “Isto posto, saber  ¨mediatizar¨  será uma das competências mais importantes e indispensáveis à concepção e realização de qualquer EaD. De certa forma, ao preparar suas aulas e os materiais que vai utilizar, o professor ¨mediatiza¨, embora o meio mais importante neste caso seja a linguagem verbal direta, o que significa que mediatizar o ensino não é uma competência totalmente nova. 
O que é novo é o grande elenco de mídias cada vez mais ¨performantes¨ disponíveis hoje no mercado e já sendo utilizadas por muitos aprendentes fora da escola, o que acarreta uma crescente exigência de qualidade técnica por parte dos estudantes” (BELLONI, 2003). 
Considerando que vivemos numa sociedade onde cada vez mais a tecnologia invade os ambientes de trabalho, se expandindo para as esferas da vida social, concluímos que se a educação não incorporar as NTIC em seu dia a dia, a comunicação com essa nova geração será seriamente prejudicada, pois os jovens perderão a motivação e se afastarão de instituições obsoletas. Isso não quer dizer que as NTIC vão substituir os livros didáticos, mas serão instrumentos imprescindíveis neste intercâmbio. “ O que nos leva ao problema fundamental da educação, a formação de formadores, pois não se pode pensar em qualquer inovação educacional sem duas condições prévias: a produção de conhecimento pedagógico e a formação de professores. 
A perspectiva da formação de professores exige a reflexão sobre como integrar as TICs à educação como caminho para pensar como formar os professores enquanto futuros usuários ativos e críticos bem como os professores conceptores de materiais para a aprendizagem aberta e  a distância. (Belloni, 2003). 
Usar intensamente a tecnologia no ensino torna o ensino mais complexo, daí vem a transformação do papel do docente no ensino universitário a distância: a preparação e autoria de cursos agora serão apresentados em livro-texto ou manual, programas em áudio, vídeo ou informática. 
A orientação será através de tutoria a distância, individualizada, mediatizada através de diversos meios acessíveis. Exigirá também do professor que saiba trabalhar em equipe, pois a apresentação final do seu trabalho envolverá várias pessoas: o professor vai selecionar o conteúdo e preparar seus programas de ensino; o editor vai dar legibilidade neste trabalho e o tecnólogo educacional vai organizar pedagogicamente os materiais. Para finalizar o artista gráfico vai trabalhar sobre a aparência visual e arte final do texto. Muitas pessoas da área de TI serão envolvidas neste processo. 
Neste processo de aprendizagem aberta e autônoma, onde tantas tecnologias são incorporadas no novo processo de ensino, está a explicação da mudança do papel do professor: aqui o mesmo se tornará parceiro dos estudantes no processo de construção do conhecimento, em atividades de pesquisa e na busca da inovação pedagógica e fará com que o professor crie novos métodos para o trabalho docente com práticas inovadoras. Para que o professor passe da condição de “mestre” para posição de parceiro, este terá necessidade mais acentuada de atualização constante, tanto em sua disciplina específica, quanto em relação às metodologias de ensino e novas tecnologias. Além disso, ao invés de deter a palavra na sala de aula, passará para os diálogos dinâmicos dos laboratórios, salas de meios, e-mails, telefone, etc;


Referências Bibliográficas

BELLONI, Maria Luiza. Educação á distância. 3. Ed. Campinas. SP: Autores Associados, 2003.

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